Competência vizelense ditou triunfo claro

Desta vez a resistência do Mondinense foi menor no tempo. Cerca de dois meses após o último confronto entre as duas equipas, o FC Vizela realizou uma prestação competente que lhe permitiu repetir a “dose” aplicada justamente no encontro da Taça de Portugal.

Ainda com alguns atletas influentes em recuperação de lesões, casos de Zé Valente ou Mércio, os vizelenses cedo procuraram resolver uma partida, obrigando ao recuo do adversário.

Apesar de vir de um triunfo caseiro sobre o S. Martinho, era previsível que a estratégia montada pelo Mondinense fosse idêntica à utilizada no encontro da prova rainha, ou seja, linhas baixas e intuito claro de adiar o máximo possível o primeiro golo aos azuis e brancos.

Curiosamente, o primeiro lance digno de registo acabaria por pertencer à turma forasteira, em contraponto com o claro domínio de jogo que já se verificava por parte do FC Vizela. Aos 13’, Bruno Pereira, no seguimento de um canto, levou algum perigo à baliza de Pedro Albergaria.

Esta seria, de resto, a única tentativa do adversário em toda a primeira parte. A partir daí, só deu FC Vizela, mas os primeiros festejos só chegariam bem perto do intervalo.

Antes disso, André Pinto, aos 18’, rodopiou bem sobre um defensor contrário e obrigou César Lemos a defesa atenta. No seguimento, o estreante Weliton cabeceou ao lado, ele que foi uma das novidades de Carlos Cunha para este desafio.

Aos 21’, Joni beneficiou de um ressalto à entrada da área para desferir um belo pontapé, sendo mais um a dar trabalho ao guarda-redes do Mondinense, que não teve alternativa senão ceder canto, um dos vários conquistados pelos vizelenses durante a etapa inicial.

Até que, aos 43’, Carlos Fortes recebeu um excelente passe em profundidade de Joni e ficou na cara de César Lemos, batendo-o sem apelo nem agravo. Estava feito o mais difícil que era marcar e derrubar assim a “muralha” defensiva do Mondinense.

No reatamento, o FC Vizela dificilmente poderia pedir melhor entrada em jogo. Logo aos 47’, Felipe Augusto conduziu bem o esférico pelo flanco direito e descobriu ainda melhor o colega Panin, assistindo-o na perfeição para o 2-0. Boa jogada e finalização exemplar.

Este golo representou um duro golpe para o Mondinense que, rapidamente, viu a sua organização defensiva “esfumar-se”, deparando-se então com a iminência de mais golos vizelenses.

Aos 51’, Carlos Fortes foi “forte” a arrancar para o ataque, ganhando a dianteira à defensiva contrária, pecando apenas no passe, pois pretendia servir o colega Felipe Augusto ao invés de rematar à baliza, quando tinha boas condições para o fazer.

Ainda antes de se completar a hora de jogo, em duas situações de bola parada, Joni procurou levar o perigo à baliza de César Lemos. No segundo lance, aos 58’, num livre sobre a esquerda, Joni levantou para Carlos Fortes endossar uma bola que seria para Márcio Ferrari, outro dos estreantes da tarde, porém o jovem centrocampista brasileiro não chegou a tempo do desvio.

À entrada para o derradeiro quarto de hora da partida, Cann, que havia sido lançado momentos antes, apareceu bem nas costas da defensiva do Mondinense, mas deixou-se antecipar.

Em seguida, aos 76’, a dupla de centrais do FC Vizela mostrou que não é só exímia a defender, fabricando o 3-0 e consequente fecho de contas. Tudo começou num bom cruzamento de João Pedro para a área, com João Cunha a servir de cabeça o colega Weliton para o golo. Estreia de sonho para o “camisola 22” do FC Vizela, contratado ao Torreense, que teve de enfrentar uma longa recuperação de uma lesão contraída ainda numa fase inicial da pré-temporada.

Controlando sempre os acontecimentos, os vizelenses nunca deixaram de partir à procura de um eventual quarto golo, mas o Mondinense, depois de largo período bem distante da baliza de Pedro Albergaria, ainda ameaçou com a redução da diferença num lance perigoso de Rooney (81’).

A atravessar uma fase de grande vigor em termos de regularidade pontual e de desempenho, o FC Vizela continua invicto e líder isolado da Série A, com um registo defensivo elucidativo (apenas 4 golos sofridos) e uma margem de 4 pontos sobre o Pedras Salgadas.

Segue-se uma deslocação curta até Fafe, onde o FC Vizela espera um jogo de grande galhardia, no qual o apoio dos seus adeptos, à semelhança de ocasiões anteriores, será determinante.

A partida entre velhos rivais, atualmente separados por 7 pontos, realiza-se no próximo domingo, dia 12 de Novembro, pelas 15:00 horas.

 

FICHA DE JOGO

Local: Estádio do FC Vizela (Vizela)

Árbitro: Abel Silva (AF Viseu)

Assistentes: Jorge Rei e Bruno Pereira

FC VIZELA: Pedro Albergaria; João Pedro (C), Weliton, João Cunha e Amian; Evrard (Márcio Ferrari, 52’), André Pinto e Joni; Felipe Augusto (Cann, 74’), Carlos Fortes e Panin (Correia, 68’).

Suplentes não utilizados: Rafa, João Paredes, João Oliveira e Miguel Oliveira.

Treinador: Carlos Cunha

MONDINENSE FC: César Lemos; Vítor Beijinhos, Tuca, Raul Babo e Filipe Sousa (Rooney, 45’); Diogo Alves (Alex Júnior, 90+1’), Rui Jorge e João Miguel; João Padi, André Martins e Bruno Pereira (Luís Saroto, 62’).

Suplentes não utilizados: Murta, Romeu Pinto, Nuno Arada e Geninho.

Treinador: António Almeida

Golos: Carlos Fortes (43’), Panin (47’) e Weliton (76’).

Cartões Amarelos: Evrard (2’), João Pedro (4’), Tuca (35’), Rui Jorge (51’) e Felipe Augusto (67’).